segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Poesia de Vidas Secas (Graciliano Ramos)

Os retirantes caminham pela planície seca em direção à sombra de juazei-ro que se vê ao longe. Famintos e cansados, param e festejam a refeição: um preá (pequeno roedor) apanhado por Baleia. Uma nuvem cresce no céu prenunciando chuva. Acabaram de chegar a uma fazenda abandona-da. Fabiano alegra-se, chuva significa vida: o gado voltaria ao curral, ele seria o vaqueiro, a caatinga voltaria a reverdecer, Sinha Vitória remoça-ria, vestiria uma roupa vermelha.

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